quinta-feira, 18 de março de 2010
Padrão de Interferência
Mente, Humana, Demasiadamente, Mundana,
Desde o pequeno, Até o grande, Indecifrável e eloqüente, Membrana,
Em todas as histórias, É incerta, Em todos os n-versos, É incompleta,
Tenta matar o gato, Que está morto-e-vivo,
Cinqüenta por cento morto, Cinqüenta por cento vivo,
Com uma pistola de elétrons, Ela brinca,
Com os olhos bem abertos, Se intriga, Não pára,
O padrão de interferência, Se esvai,
O próprio próton em valência, Decai,
Aquela velha força fraca, Se destrói,
E o bóson mais querido, Corrói,
O super-espaço-tempo, Passa,
A nossa grande, vermelha, Colapsa,
A fria escuridão então, Abraça,
A desordem nos golpeia, A massa,
Macroestado desnorteia, E laça,
A grande cela do infinito, Sem graça,
Perde o sentido evolutivo, Amordaça,
A atrativa sem valor, Arregaça,
Rasga, Morde, Desgraça,
Enrugada e carcomida, Com raça,
Potente e cheia de brio, Realidade,
A ninfa feia do rio, Gravidade.
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2 comentários:
Olá!
Visito pela primeira vez seu blog e... bom, é claro que existe algo aqui de concreto que não consigo assimilar, talvez porque eu sendo humana, demasiado humana, tenho cá minhas limitações e prefira a metafísica...
Ciência à parte, me cativou a musicalidade do seu texto, cujo conteúdo permanece misterioso, mas cujo ritmo foi agradável para mim.
Como adoro desfaios, voltarei para tentar assimilar o que de fato se passa por aqui.
Bazzinga!
Você é um dançarino em meio aos eletrons! beijo
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