quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pulga atrás da orelha...

Talvez eu esteja levando a religião a sério demais. Talvez mais a sério que os próprios religiosos. Achei que as escrituras fossem encaradas como manuais severos, sem permissão a interpretação além do literal e explícito das linhas sagradas. E que, do contrário, as punições seriam eternas...
É nessas horas que me pergunto:
"O que um cristão católico ou protestante acha do deus do velho testamento?" (Afinal é completamente díspar do novo)
"Porque os judeus não aceitam Jesus como o Cristo?" (O velho testamento, proveniente da torá, não diz nada sobre)
"E Maomé? Criou uma religião nova aceitando os profetas das duas anteriores que são contraditórias entre si?"

Contradição é algo inaceitável numa doutrina. Os deuses têm sua origem em doutrinas religiosas. Se há doutrinas contraditórias, seus deuses serão falhos, portanto, não mais deuses que eu e você, meu caro leitor paciente. Se as religiões não conseguem nelas mesmas manter uma coesão em seus argumentos, são elas passíveis de questionamento, incluso o conteúdo espiritual abordado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

God Debates: Universe and Cosmo origins

Até aqui foi-se um caminhão de argumentos mais simplistas, refutando a existência de uma deidade teísta, à qual é pessoal, benevolente, moralista, pai de adão, entre outras...
Para refutar a existência da mão divina na criação do universo devo invocar as palavras do tio hawking:
"Já que a gravidade dá forma ao espaço-tempo, é permitido que o espaço-tempo seja localmente estável, mas globalmente instável. Na escala do universo como um todo, a energia positiva da matéria pode ser balanceada pela negativa energia gravitacional, por isso não há restrições na criação espontânea de universos inteiros. Devido a existência de uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar-se espontaneamente do nada. Criação espontânea é a razão de haver alguma coisa em vez de nenhuma, porque o universo existe, porque nós existimos. Não é necessário invocar Deus para descrever o funcionamento do universo."
A partir deste trecho um tanto marcante e visionário, do ponto de vista científico, podemos entender a posição de um representante das teorias quânticas e de buracos-negros em termos de deidades.

Se há perguntas, as respostas serão encontradas através do método científico, não através de uma convicção iludida pelos sentimentos.

God Debates: Life origins

Um assunto que todos negligenciam por uma perspectiva preguiçosa.
Há sempre o argumento da origem da vida, excluindo-se o processo da seleção darwiniana, arremetendo-se à sopa primordial, ao caldo coloidal.
Só pra começar, a terra tem uns bilhõezinhos de anos que forneceram diversos tipos de adaptação inorgânica. Trocando em miúdos, com a quantidade de elementos presentes na atmosfera primitiva e as condições instáveis de pressão e temperatura, somente as moléculas mais estáveis tiveram uma continuidade ao longo da história terrestre (isto é química, e fato), portanto houve uma seleção inorgânica/orgânica/metalorgânica muito substancial para o surgimento do caldo primordial, do qual somente a minoria replicadora pôde continuar, por uma questão bioquímica, entre reações espontâneas e seleção darwiniana seguindo o seguinte e simples algoritmo:
se há variabilidade e replicação deve haver seleção natural
Ok, dito isto, é conclusiva a inevitabilidade da origem da vida.
Muitos questionarão a probabilidade dessas ocorrências, mas serão de fácil refutação pelo seguinte exposto:
supondo-se uma probabiblidade de uma em um bilhão de anos para essa ocorrência, tivemos ao menos quatro chances para que a vida surgisse na terra, ou seja, se as chances fossem da ordem de 0,0000001, quatro períodos explosivos de vida seriam inevitáveis.



God Debates: Moral

Muitos teístas invocam questões como a origem da moral como um argumento favorável à existência de um ser divino, pessoal, benevolente.
Pois bem, se a moral vem de um pai celestial, qual o motivo de a mesma ser tão primitiva e "hierarcaica" nos livros sagrados? Obviamente a moral não tem sua origem em fundamentalismo religioso, mas sim em sociedades seculares, nas quais se permite a mutabilidade da moral, em termos de cultura, região e época.
O fato de muitas religiões possuírem alguns preceitos morais comuns aos aceitos pela maioria sensata é de fácil entendimento, afinal de contas, são os homens que criam os livros sagrados e os deuses, portanto é de bom grado que se utilize de conceitos morais não tão radicais para se ordenhar um bando de ovelhas escravas.