terça-feira, 6 de abril de 2010

Classificações simétricas e caóticas no cerne filosófico


Sabemos o que perda significa muito bem. Sabemos classificá-la?
A pós perda é a famosa "perda" comum, à qual estamos acostumados quando não existe mais o objeto em questão.
A pré-perda não é diferente, muito menos deve ser diferenciada da pós-perda.
Sentimentalmente a última é mais "sensível", mas do ponto de vista da lógica (ciência tosca "destruída" por Kurt Gödel) ambas devem ser encaradas em pé de igualdade.
Pós-perda: senso comum de perda. Ocorre na ausência de algo que existiu.
Pré-perda: ocorre na ausência de algo que ainda não veio ao mundo.
A perpesctiva das duas depende somente do curso do tempo.
O sofrimento na perda se deve ao fato da não existência ou interação com o mundo daquilo que está ausente.
Independentemente da linha do tempo, as duas perdas devem ser "sofridas" igualmente, ou com a mesma intensidade e vazio.
A solidão é um estado que se caracteriza por qualquer de uma das perdas citadas acima. Não necessita da ordem do tempo para se manifestar, e, portanto, depende da maneira com que o "manifesto" será encarado.
Se não há solidão na pré-perda, isso se deve à escolha.
Simetricamente, a solidão na pós-perda é um estado que somente se manifesta pela escolha do indivíduo.
Cabe a si próprio uma autoavaliação a respeito dessa escolha e se esse estado o trará algum benefício.


Tudo bem, eu concordo, pós-perdi o controle disso.
Mas eu já o tinha pré-perdido antes de tê-lo.
A simetria não parece ser uma lei fácil de aceitar.
Prefiro a teoria do caos, ela se encaixa melhor em universos não determinísticos.

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