sábado, 17 de julho de 2010

Imortalidade molecular

Crio-me no inóspito,  no estéril, no árido
Sou simples, ridículo, moléculo
Mas sou diferenciado dos demais
Copio-me, muto-me, seleciono-me
Filtro-me das impurezas probabilísticas
Caso-me a minha gêmea e transformo-me em um açúcar mais complexo
Sou flexível, maleável, incorporável, parasitário
Inicio uma escravidão molecular, histológica, anatômica, ecossistêmica
Domino o mundo material para uma simples finalidade: minha própria copiabilidade pela eternidade.

D.N.A

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